Desde a deflagração da greve no Sistema
Penitenciário e Socioeducativo de Rondônia, o governador Confúcio Moura
tem sido alvo de protestos e manifestações públicas pacíficas dos
grevistas durante a passagem do chefe do Executivo nos municípios do
interior.
Tal como aconteceu na quinta-feira (02) em Cacoal e em Espigão
D’Oeste, onde os servidores protestaram com nariz de palhaço, o fato se
repetiu em Guajará-Mirim na sexta-feira (03) durante a solenidade que
marcou o lançamento oficial do programa “Governo Perto de Você” no
Complexo Esportivo Afonso Rodrigues.
Na presença de praticamente todo o seu secretariado, inclusive o de
Justiça, Fernando Oliveira, os grevistas ostentaram faixas cobrando do
governador o cumprimento dos compromissos firmados com a categoria,
tendo como principal deles a aprovação do Plano de Carreiras, Cargos e
Remunerações (PCCR).
A “festa” do Governo da Cooperação”, como foi denominado o evento em
notícia divulgada pelo Departamento de Comunicação Social do estado, não
contava com os “palhaços” indesejados que viraram as costas para
Confúcio durante o evento.
“Esse é o retrato do nosso estado. Enquanto o sistema prisional e
socioeducativo está em decadência em Rondônia, o governador e seus
secretários fazem política com essa versão maquiada de ‘ação global’”,
criticou o presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários,
Socioeducadores, Técnicos Penitenciários e Agentes Administrativos
Penitenciários de Rondônia (Singeperon), Anderson Pereira.
Segundo Pereira, essa é uma mostra da preocupação do atual titular da
Secretaria de Estado de Justiça que, em meio a uma greve e focos de
rebelião já registrados em unidades prisionais da Capital e interior,
fica alheio ao movimento paredista dos servidores da pasta.
O líder grevista parabenizou os representantes da categoria pela
manifestação e conclamou os servidores de todo o estado a manterem o
movimento com força e muita luta. “Estamos mais fortes a cada dia e cada
vez mais recebemos o apoio da sociedade e instituições pela nossa causa
que é legal e legítima”, afirmou ao falar do apoio à greve recebido de
entidades importantes como a Central Única dos Trabalhadores (CUT-RO) e a
Comissão Justiça e Paz da Arquidiocese de Porto Velho.
Fonte: Portalmamore