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sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

VILHENA - CACIQUE VILHENENSE DIZ QUE ÍNDIO QUE DENUNCIOU ROVER É DESCONHECIDO NA REGIÃO

Paulo Mamaidè (FOTO) informou que Luiz Tsihoridzadatsu pode ser processado por “invadir” território.

Revoltados com as declarações do índio Luiz Antônio Tsihoridzadatsu, se apresentando como cacique da etinia Arara, que fez sérias denúncias contra o prefeito Zé Rover, o índio Paulo Mamaidê, cacique da Aldeia Mamaidê, esteve na redação do EXTRA DE RONDÔNIA na tarde desta quinta-feira, 13, para fazer alguns esclarecimentos.

De acordo com Paulo – que esteve acompanhado do também índio Alírio Mamaidê (FOTO ABAIXO) – o denunciante é desconhecido para os índios que vivem na região de Vilhena (RO) e Comodoro (MT), e não tem autonomia para fazer denúncias deste tipo. “Todos os caciques da região são conhecidos. Sabemos da vida de cada um deles e das atribuições e cargos que ocupam nas aldeias. Mas nós não conhecemos esse tal Tsihoridzadatsu. Pode ser que ele seja de outro Estado, mas não pode invadir o nosso território dessa forma. Ficamos preocupados porque ele pode acabar influenciando aos índios que pertencem a esta região, e nós, que somos líderes, não estamos sabendo de nada”, frisou.

Paulo desmentiu Tsihoridzadatsu, dizendo que a tal aldeia Barracão, citada no vídeo, não existe no Cone Sul. Ele alegou que lideranças indígenas da região repudiaram as declarações de Tsihoridzadatsu, porque – acima de tudo – antes de fazer uma denúncia, é importante a opinião de todos os caciques, e é formada uma comissão para discutir os problemas que afetam o grupo.

Com relação à denúncia de compra de votos supostamente organizada pelo prefeito para vencer o pleito eleitoral, Paulo explicou que grande parte dos índios que moram em Vilhena vota em Comodoro. “Acho que são apenas seis ou sete índios que votam em Vilhena e eles vieram de moto para a cidade cumprir com suas obrigações eleitorais. Os demais votaram em Comodoro. Lá tivemos apoio da Justiça Eleitoral no dia das eleições”, argumentou.

Paulo tranquilizou os vilhenenses com relação ao possível fechamento da BR-364, no dia 1 de janeiro de 2013, dia da posse dos eleitos. “Não existe essa possibilidade”, finalizou.

Fonte: Extraderondonia