Acabou a dúvida sobre o crime que abalou Vilhena no dia 18 de
abril: o motorista escolar Clodoaldo de Miranda, 37, confessou que
estuprou uma estudante de 14 anos, após abordar a menina, que estava com
o namorado. O fato aconteceu no último dia 18, quando o estuprador
confesso se fez passar por policial que estaria investigando o suposto
roubo de um hotel e, com isso, separou o casal, atacando a garota quando
ela ficou sozinha. Em seu primeiro depoimento, Clodoaldo disse que o
sexo com a menor havia sido feito com o consentimento dela.
Ao
relatar a confissão do motorista, a Delegada Solângela Guimarães, que
conduz a investigação, disse que, além deste estupro, ele admitiu outros
três praticados na cidade. Um quarto ataque também pode ser atribuído a
ele, mas o estuprador disse não se lembrar dos detalhes e prometeu
contar o que vier a recordar num próximo depoimento.
A
titular da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) disse
que Clodoaldo não soube dizer se as vítimas anteriores eram adultas ou
menores de idade. Ele jurou, no entanto, que jamais violentou crianças.
Ao
justificar os estupros em série, o motorista alegou ser portador de uma
espécie de transtorno que o deixa totalmente fora de controle quando vê
casais em momentos de intimidade. Foi o que aconteceu com a última
vítima, a quem ele não conhecia. Ele apenas viu a garota passar abraçada
ao namorado e sentiu um desejo incontrolável de possuí-la.
Nos
outros episódios, as mulheres também foram abusadas quando ficaram
sozinhas após carícias ou atos sexuais com seus parceiros. Apesar da
alegação, o maníaco não se considera louco e diz que tem “apenas” esse
problema. A polícia já confirmou que, de fato, a conduta social do rapaz
parecia normal, segundo testemunhos de conhecidos.
Diante
da confissão, Solângela, que tem dez dias para concluir o inquérito
sobre o caso, pretende tentar localizar as outras vítimas. No caso das
mulheres que forem adultas, o caso somente irá à justiça com a permissão
delas.
Ao posar para fotos, após admitir seus
crimes, e quase chorando, o estuprador disse: “Quero que as minhas
vítimas se apresentem, pois quero pagar por tudo o que fiz”.
Já
recolhido à Cadeia Pública, o motorista deve ficar em cela isolada,
para evitar que seja violentado por outros detentos. Essa é uma prática
comum em estabelecimentos prisionais em casos envolvendo estupradores.
Fonte: Folha do Sul
Fonte: Folha do Sul