A cheia dos rios Madeira e Mamoré, em
Rondônia, continua castigando os municípios. Há muitos desabrigados e o
comércio sofre com desabastecimento de produtos. Por conta da situação
de emergência em Guajará-Mirim,
órgãos estaduais e municipais decidiram acatar ao pedido da Associação
Comercial e aumentaram os prazos dos vencimentos dos impostos.
Segundo Cícero Noronha, vice-presidente
da Associação Comercial de Guajará-Mirim, o pedido foi encaminhado para
o governo estadual, solicitando prazos para pagamentos, em 60 dias,
para IPVA, ICMS e parcelas de financiamento realizadas em agências
bancárias. “O comércio local está abalado com tantas demissões, falta de
mercadoria e dificuldade de acesso. Acredito que a partir de maio
conseguiremos reestabelecer as atividades”, diz Noronha.
Em resposta à Associação Comercial, o
governo estadual autorizou a suspensão de cobranças de ICMS, nos meses
de fevereiro e março, dos caminhões que passarem pelo posto fiscal em
Vilhena (RO), com destino a Guajará-Mirim. Com isso, as novas datas para
pagamentos terão vencimento para 15 de maio. “Vale lembrar que essa
prorrogação de prazo de vencimentos é apenas para empresas com sede em
Guajará-Mirim e Nova Mamoré”, explica o vice-presidente.
A prefeitura de Guajará-Mirim, por meio
de um decreto, prorrogou o vencimento do IPTU de 2014, com desconto de
20% para o contribuinte que realizar o pagamento até 15 de julho, e 10%,
para pagamentos até dia 15 de agosto. A partir dessa data, haverá o
parcelamento da dívida.
Guajará-Mirim e Nova Mamoré estão em
estado de emergência desde o dia 12 de fevereiro, quando a BR-425 teve
diversos trechos e pontes alagados pela cheia do Rio Madeira e seus
afluentes. Assim, as cidades sofreram desabastecimento por conta do
difícil acesso às regiões. Os caminhões estão fazendo o percurso de
Porto Velho até os municípios atingidos através de uma rota alternativa,
que passa por União Bandeirantes e Nova Dimensão, zona rural de Nova
Mamoré. Em situações normais, a viagem até as cidades era realizada em
algumas horas. Atualmente, motoristas levam cerca de 6 dias para chegar
ao destino pela rota alternativa.
Fonte: G1/RO