Com a cheia do Rio Mamoré, o Sindicato de Navegação (Sindnav)
de Guajará-Mirim (RO), empresa que faz a travessia para a Bolívia de
barco, localizada no porto da cidade, teve sua bilheteria inundada e se
mudou provisoriamente para o prédio da Receita Federal, onde a água
também já ameaça entrar caso o nível do rio continue subindo. A venda de
passagens está sendo feita de forma improvisada no corredor do prédio.
Nessa quinta-feira (13), o Rio Mamoré atingiu a marca de 12,36 metros,
uma aumento de 22 centímetros em 24 horas, segundo o escritório da
Marinha em Guajará-Mirim.
Servidores do posto da Receita Federal instalado no porto na fronteira
com o país vizinho começaram a ser remanejados para a sede do órgão no
município, onde um estande está sendo montado para atender a população.
“Fizemos a mudança de equipamentos de informática e materiais em geral.
Na sede da inspetoria será montado, em palafita, um ponto alfandegário
para continuar com os serviços, junto com o Sindnav. A fiscalização será
mantida e os viajantes podem continuar comprando dentro da legislação,
pois os trabalhos não serão afetados”, afirma Gleidson Cardoso de Lima,
auditor fiscal da Receita Federal.
Em Guajará-Mirim, os Bairros Triângulo e Cristo Rei são os principais
atingidos pela cheia, com mais de 50 famílias desabrigadas que estão
sendo encaminhadas para casas de parentes e abrigos, de acordo com a
Defesa Civil. O Rio Mamoré está a 42 centímetros do maior nível
alcançado na região durante a cheia história de 2008.
Redação: G1/RO | Fotos: Flaviano Sales do Portal Guajará