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segunda-feira, 17 de março de 2014

GUAJARÁ-MIRIM: Em 2 dias, Rio Mamoré, sobe 63 cm e registra maior cheia

Cota histórica registrada nesta segunda-feira é 43 cm maior do que em 2008. Enchente atinge bairros e alagou parte do porto na fronteira com a Bolívia.

O Rio Mamoré, em Guajará-Mirim (RO), já enfrenta a maior cheia registrada. Após ficar 20 centímetros abaixo da cota histórica, no sábado (15), o rio subiu 63 centímetros, em dois dias, e chegou a marca de 13,21 metros nesta segunda-feira (17), de acordo com a Defesa Civil. O número representa 43 centímetros a mais do que a última cheia de grandes proporções, ocorrida em 2008. A enchente já atingiu cerca de 200 famílias nos bairros Triângulo e Cristo Rei, e alagou parte do porto da cidade.

Para que a travessia para a Bolívia pelo rio não seja suspensa, o Sindicato de Navegação de Guajará-Mirim (Sindnav) improvisou uma rampa na área de embarque e desembarque, que foi tomada pela água. Agora, os passageiros aguardam as embarcações na Praça Pioneiros, ao lado da bilheteria do porto. A Receita Federal também instalou um estande para fiscalizar as mercadorias que saem e entram na cidade.

Segundo a Marinha em Guajará, as fiscalizações serão intensas neste período, para garantir a segurança da população que usa as embarcações. "Como o rio está muito cheio, vamos encaminhar documentos para as empresas de navegação para terem maior cuidado com a velocidade dos barcos, pois a correnteza está forte, o que dificulta a navegação. Também estaremos pelos bairros atingidos, de barco, orientando a população que esteja usando embarcações”, informa o capitão José Carlos Euzébio.

Cheia histórica

A enchente em Rondônia causou o isolamento de moradores de Guajará e Nova Mamoré antes mesmo do Rio Mamoré chegar às ruas da cidade. No dia 12 de fevereiro, a água do Rio Araras, afluente do Rio Madeira, atingiu a BR-425 e deixou pista e pontes submersas. Desde então nenhum veículo passa pela rodovia, que foi fechada por medida de segurança.

Com isso, combustíveis, alimentos e água não conseguiam chegar aos municípios, causando o desabastecimento da região. Moradores próximos a uma rota alternativa, usada para garantir o fornecimento básico a Guajará, interditaram o local algumas vezes e isso contribuiu para aumentar os problemas causados pela cheia.

As águas do Mamoré começaram a atingir moradores de Guajará-Mirim no fim de fevereiro, quando um igarapé no Bairro Triângulo transbordou por conta do volume de água do rio. Com poucos funcionários para atender aos atingidos, a Defesa Civil pede voluntários para atuarem na assistência às famílias desabrigadas, que já chegam a 200.


Fonte:G1/Rondônia.