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quarta-feira, 2 de outubro de 2013

TODO MUNDO QUER SER “O PAI DA CRIANÇA” Por Aluizio da Silva

Ao contrário do que conta a história, quando uma menina namorava com vários rapazes ao mesmo tempo (hoje os jovens dizem “ficar”) e aparecia grávida, nenhum dos que mantinham relacionamento com ela queria assumir o papel de pai da criança.
 
Hoje, devido a política que impera nos tempos atuais, qualquer obra ou serviço efetuada pelo governo, quer seja na esfera federal, estadual ou municipal, todos querem ser “o pai da criança”. Sim, porque isto traz dividendos políticos. E assim, foi só anunciar que políticos e pessoas ligadas ao governo estarão em Guajará-Mirim para a assinatura da Ordem de Serviço, documento necessário para início de trabalhos contratados pelo governo, que começa a  aparecer gente para se candidatar como “pai da criança”. Essa obra é a recuperação da BR-425, que liga Guajará-Mirim à BR-364, no entroncamento, passando por Nova Mamoré.

 
E o que se vê e o que se ouve é “neguim” ocupando o horário nobre do rádio, da televisão, espaços nos sites e jornais impressos, e até nos botecos e bares da cidade, defendendo a recuperação da rodovia. Qual a intenção deles? Aparecer como o cara que conseguiu com que o governo mandasse fazer o serviço. Nêgo doido prá ser candidato a deputado estadual, outro a federal, vereador, deputado estadual, deputado federal, senador, dirigente de entidade classe da cidade, todo mundo quer tirar uma casquinha do fato. Tem uns que capricham no texto decorado e ultrapassam o horário concedido pelo programa de rádio. Que hipocridisa!
No afã de serem os “pais da criança”, esquecem dos esforços desenvolvidos por prefeitos e pelo próprio governador do Estado na luta desse benefício, que é a recuperação da nossa 425 .Foi o Chico. Não foi o Antônio. Ou foi o Manoel? Ou teria sido o Zé Bedeu? Ou o Chiquinho?
 
Não importa. O que importa é que todos eles querem tirar vantagem da obra governamental e tentar segurar votos para o próximo pleito, agora em 2014. E esquecem de citar o maior interessado na obra, aquele que pediu, suplicou, reclamou, chorou, sofreu. Desse eles esquecem ou simplesmente omitem seus nome. Mas voz dele é forte e a sua força faz a união. Falo do povo. O povo de Guajará-Mirim e de Nova Mamoré. Por que os políticos – e os aspirantes à política – não falam que foi o povo que pediu e é, portanto, o grande vencedor e beneficiado? Coisas de políticas, mormente quando se trata de ser “o pai da criança”.

Fonte: Guajaranoticias