Ao contrário do que conta a história, quando uma menina
namorava com vários rapazes ao mesmo tempo (hoje os jovens dizem “ficar”) e
aparecia grávida, nenhum dos que mantinham relacionamento com ela queria
assumir o papel de pai da criança.
Hoje, devido a política que impera nos tempos atuais,
qualquer obra ou serviço efetuada pelo governo, quer seja na esfera federal,
estadual ou municipal, todos querem ser “o pai da criança”. Sim, porque isto
traz dividendos políticos. E assim, foi só anunciar que políticos e pessoas
ligadas ao governo estarão em Guajará-Mirim para a assinatura da Ordem de
Serviço, documento necessário para início de trabalhos contratados pelo
governo, que começa a aparecer gente
para se candidatar como “pai da criança”. Essa obra é a recuperação da BR-425,
que liga Guajará-Mirim à BR-364, no entroncamento, passando por Nova Mamoré.
E o que se vê e o que se ouve é “neguim” ocupando o horário
nobre do rádio, da televisão, espaços nos sites e jornais impressos, e até nos
botecos e bares da cidade, defendendo a recuperação da rodovia. Qual a intenção
deles? Aparecer como o cara que conseguiu com que o governo mandasse fazer o
serviço. Nêgo doido prá ser candidato a deputado estadual, outro a federal,
vereador, deputado estadual, deputado federal, senador, dirigente de entidade
classe da cidade, todo mundo quer tirar uma casquinha do fato. Tem uns que
capricham no texto decorado e ultrapassam o horário concedido pelo programa de
rádio. Que hipocridisa!
No afã de serem os “pais da criança”, esquecem dos esforços
desenvolvidos por prefeitos e pelo próprio governador do Estado na luta desse
benefício, que é a recuperação da nossa 425 .Foi o Chico. Não foi o Antônio. Ou
foi o Manoel? Ou teria sido o Zé Bedeu? Ou o Chiquinho?
Não importa. O que importa é que todos eles querem tirar
vantagem da obra governamental e tentar segurar votos para o próximo pleito,
agora em 2014. E esquecem de citar o maior interessado na obra, aquele que
pediu, suplicou, reclamou, chorou, sofreu. Desse eles esquecem ou simplesmente
omitem seus nome. Mas voz dele é forte e a sua força faz a união. Falo do povo.
O povo de Guajará-Mirim e de Nova Mamoré. Por que os políticos – e os
aspirantes à política – não falam que foi o povo que pediu e é, portanto, o
grande vencedor e beneficiado? Coisas de políticas, mormente quando se trata de
ser “o pai da criança”.
Fonte: Guajaranoticias