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domingo, 25 de agosto de 2013

MAIS DE 200 QUILOS DE OURO JÁ FORAM VENDIDOS ILEGALMENTE À BOLÍVIA EM 2013

Guayaramerín, BENI, Bolívia – Uma segunda parte dos investigados na ‘Operação Eldorado’, da Polícia Federal, vinculados ao Sindicato dos Garimpeiros de Rondônia [SINGRO] – agora sob intervenção da Federação Nacional dos Garimpeiros [FENAG], pode ser alcançada ainda nesta semana dentro das ações de desmonte oriundas do estado de Mato Grosso.


De acordo com fontes da Junta Governativa que audita as contas dos dirigentes do SINGRO afastados pela Justiça Federal, na primeira fase da Eldorado, foram detidos e presos 32 envolvidos com extração e venda ilegal de ouro de reservas indígenas, inclusive o dono da compra de ouro Parmethal, esta forte aliada da COOGAM [Cooperativa de Garimpeiros da Amazônia].

O suposto taxista Jonas Nascimento, através de corridas fretadas, há mais de cinco anos transportaria garimpeiros do Belmond e Mutum-Paraná para Guajará-Mirim sob a alegação de que, seus passageiros vão às compras de eletroeletrônicos, vestuários, alimentos e bebidas para abastecer as cantinas dos garimpos no lado rondoniense.

Integrando o modus operandi de desvio de ouro dos garimpos locais, por não estarem habilitados, os ‘garimpeiros’ João Batista Rocha [este oriundo da cidade de Ourinhos, São Paulo], Marcelo, Ceará Doido e o ex-Tesoureiro da MINACOOP [Cooperativa de Garimpeiros, Mineração e Agroflorestal], Enerly Martini, voltarão a ser denunciados, nesta sexta-feira [23], à Polícia Federal.

Do grupo que é visto constantemente à frente das compras de ouro na Província de Guayaramerín [Bolívia], além de Jonas, Marcelo, Ceará Doido e outros, apenas Enerly Martini ainda não foi notado. Contudo, ele e o advogado Marcos Pereira estão sendo processados pelo juiz Ilisir Bueno Rodrigues, titular da 9ª Vara Cível, por calúnia, injúria e difamação.

Desde o dia 9 deste mês, a dupla está obrigada a restituir todos os documentos e bens subtraídos da MINACOOP, além diária de R$ 1.356,00 [Mil e Trezentos e Cinqüenta e Seis Reais]. Aliada à decisão tomada pelo magistrado, Sebastião Roberto Tavares – outro membro do grupo liderado por Enerly e Marcos – foi considerado depositário infiel e pode ser preso a qualquer momento.

CHUVA DE REAIS EM GUAYARAMERIN - Conforme autoridades bolivianas, ‘as caras dos garimpeiros brasileiros já fazem partes do cenário do comércio de ouro deste lado da fronteira’. Segundo disseram, ‘as travessias são mais intensas e fáceis nos finais de semana, domingos e feriados. Nessas datas, ‘a Aduana Brasileira parece contribuir com o movimento de garimpeiros clandestinos, em nosso lado’.

Afinal, sem fiscalização alguma, ‘até nosso país perde suas reservas minerais e petroleiras’, afirmam autoridades locais.

Essa grande quantidade de ouro, disseram a este site de notícias, parte de cambistas e compradores de pedras preciosas brasileiras no entorno da Aduana boliviana, ‘só são compradas aqui, mas revendidas a judeus, árabes, chineses e teriam como destino final, Holanda, Luxemburgo e Áustria’ – integrantes do eixo dos Países Baixos.

Por outro lado, enquanto autoridades locais ficam impedidas de deter turistas brasileiros, senão em flagrante delito, só podem agir, senão por compra ilegal de drogas [maconha, cocaína, axixe e crack]. Nesse caso, a Aduana de Guajará-Mirim ao afrouxar a fiscalização sobre seus próprios nacionais, ‘o ouro, o diamante, carros e motocicletas roubadas no Brasil, continuarão a entrar na Bolívia’, acreditam os milicianos hermanos.

BORDEÍS LEMBRAM TREVO DO ROQUE - As autoridades revelam, ainda, que, ‘garimpeiros rondonienses são famosos por aqui, também, pelas farras que promovem nos bordéis da nossa Província’. A maioria diz que, ‘enquanto roubam as riquezas do Brasil, sem darem satisfação ao Fisco Federal, Estadual e Municipal do outro lado da fronteira, fazem felizes as damas das noites das praças de la banda e geram emprego em nosso País’.

LIVRES COMO PÁSSAROS – Além do comércio formiguinha do ouro, do combustível, das drogas, de armas poderosas, a província de Guayaramerín vive infestada de foragidos caçados no Brasil. É comum esses ‘Escobares verdes e Amarelos’  gozarem de regalias entre os narcotraficantes locais. Porém, sem extradição pedida ao Governo boliviano, a Guarda Nacional nada pode fazer, admite uma alta patente da Corporação que pediu anonimato.

Fonte: Portal Mamoré