Para a recuperação do
monumento histórico foram gastos mais de R$ 450 mil, verba do Ministério
do Turismo, através do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico
Nacional (Iphan) e Governo de Rondônia. “O Museu Municipal de
Guajará-Mirim, na fronteira com a Bolívia, não é apenas uma estrutura,
mas a história do nosso povo”. As palavras são do primeiro e atual
administrador e diretor do museu, Cláudio Furlaneto, que se emocionou
durante o evento.
Furlaneto lembrou das
viagens ao longo do Vale do Mamoré e Guaporé, em busca de relíquias, que
hoje pertencem ao acervo do museu. De acordo com ele, “um museu é a
história viva do passado vivenciado por um município, Estado e nação”,
enfatiza.
O superintendente
Estadual de Turismo (Setur), Basílio Leandro, declarou que, “o próximo
passo a ser concretizado pelo ‘Governo da Cooperação’ será a aquisição
da mobília para o local”. Ele ainda reafirmou que para o andamento da
obra do museu, não foram medidos esforços por parte do governador
Confúcio Moura.
O planejamento da obra
ficou a cargo do Departamento Estadual de Obras e Serviços Públicos
(Deosp), que segue o cronograma de obras no Estado. O diretor-geral do
departamento, engenheiro Lúcio Mosquini, enfatizou que, “a entrega do
Museu Municipal de Guajará-Mirim representa, aos moradores e ao Estado,
um presente de final de ano”.
“A história não está
apenas aqui dentro, mas fora, afinal essa é a ultima estação da Estrada
de Ferro Madeira Mamoré”, destacou o governador Confúcio Moura, que
elogiou os moradores pelo amor que carregam pela cidade de
Guajará-Mirim.
A deputada Federal
Marinha Raupp levou ao governador um inventário o qual, objetiva
recolher assinaturas que, através de documentação, será encaminhado à
presidente Dilma Rousseff solicitando a Organização das Nações Unidas
para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) a transformação da
Estrada de Ferro Madeira Mamoré (EFMM) em patrimônio da humanidade.
Museu Histórico Municipal
Do lado de dentro do
museu a história não retrata maquinários e peças da EFMM, mas animais
empalhados, técnica que o diretor, Cláudio Furlaneto, exportou da sua
terra natal, a França, e colocou em prática em Guajará-Mirim, o único em
todo Estado a expor animais empalhados.
Com a reforma em dia, o
museu poderá continuar recebendo seus mais de seis mil visitantes
mensais, o que ocorriam anteriormente. “Não só recebendo, como contando e
mostrando a história desta terra chamada Guajará-Mirim”, lembra o
diretor.
No museu, o visitante
pode observar o trabalho de empalhamento com pássaros da região,
artesanato, a mistura da arte indígena e africana coletado em viagem que
Furlaneto realizou em 1983, até Pedras Negas e alguns pertences do
primeiro bispo de Guajar-Mirim, Dom Francisco Xavier Rey, mentor do nome
que leva a padroeira do município, Nossa Senhora do Seringueiro.
A solenidade terminou
com o descerramento da placa pelo governador Confúcio Moura e
autoridades. Após o evento Confúcio Moura concedeu entrevista a Rádio
Rondônia FM.
A reinauguração também
contou com a presença do prefeito Atálibio Pegorini; do prefeito eleito,
Dúlcio Mendes; representantes do Instituto Histórico do Peru e
autoridades do município, além de populares que foram ao local
prestigiar o evento.
Texto: Emerson Barbosa – Decom
Foto: Marcos Freire – Decom
Foto: Marcos Freire – Decom