Fatos inusitados e chocantes têm ocorridos nos últimos tempos na cidade
de Guajará-Mirim envolvendo a área da saúde. Nesta sexta-feira, 20, a
cidadã Helena de Lima Teixeira, de 46 anos de idade, sofreu uma crise
de rins, fato já ocorrido em vezes anteriores. Levada pela família ao
Hospital Regional, eis que a paciente foi atendida pela médica de origem
boliviana de nome Doly, que respondia pelo plantão do dia, e lhe foi
receitado o medicamento de nome Tramol – 50 mg. Esse remédio não tem no
HR, tampouco tinha material para coletar a urina para realização de
exames.
A família procurou comprar nas drogarias
da cidade, mas seus proprietários informaram que esse medicamento não é
mais vendido em drogarias por ter sido sua venda proibida pelo Governo
Federal.
Na tentativa de obter o remédio, um
irmão da paciente foi até o Hospital Bom Pastor para tentar obter o
medicamento a título de doação ou mesmo de empréstimo. Sequer foi
recebido pela diretora da instituição, pois logo na portaria foi mal
recebido por uma das funcionárias da recepção, ao passo que o rapaz que
lá atua também foi bem mais cordial e educado. Cansado de esperar para
falar com a diretoria, o irmão da paciente foi embora reclamando, com
justa razão, do atendimento que os hospitais de Guajará dispensam ao
povo.
A situação no Hospital Regional de Guajará-Mirim é tão grave que vários
servidores fizeram inúmeras reclamações quando da presença de nossa
reportagem. Uma servidora, que parece ter algum cargo em comissão,
peitou o diretor do Guajará Notícias, radialista João Teixeira, irmão da
paciente que fora levada às pressas ao HR e visivelmente perturbado com
a situação, perguntando quem teria dado autorização para ele fotografar
as dependências do Hospital Regional.
Para comprovar a situação caótica em que se encontra a saúde em
Guajará-Mirim, várias fotos foram tiradas no HR e ilustram esta matéria.
Na cozinha, que deveria ser um local de total higiene, apresenta
absurdos (como mostram as fotos). No HR falta de tudo: profissionais
médicos, medicamentos, equipamentos e, sobretudo, atendimento humanizado
por parte de determinados servidores.
Nos Postos de Saúde, segundo informações de moradores, não há médicos
nem medicamentos. As instalações são precárias. No Pronto Socorro do HR,
que é o local para onde o povo corre quando necessita de atenção
médica, a situação está cada vez pior. Todas as pessoas que se
encontravam na manhã desta sexta-feira, 20, nas dependências do Hospital
Regional de Guajará-Mirim, inclusive servidores do órgão, foram
unânimes em afirmar que a saúde em Guajará precisa mudar. Para melhor e
com urgência. Segundo as pessoas ouvidas, ninguém agüenta mais tanto
descaso e irresponsabilidade para com a saúde pública da
cidade. Segundo essas pessoas, se antes era ruim, agora está pior.
A situação da saúde em Guajará-Mirim deveras é crítica e urge uma tomada
de providências por parte do Senhor Prefeito Municipal e dos Senhores
Vereadores. Afinal, trata-se de vidas humanas que estão em jogo
diariamente. Veja a condição dos locais destinados a tratar a saúde da população de Guajará-Mirim:
Fonte: Guajará Notícias / Autor: Aluizio da Silva