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terça-feira, 3 de setembro de 2013

Dr. Cury de Guajará-Mirim está entre os médicos do Programa Mais Médico, Veja

Um médico brasileiro selecionado pelo programa Mais Médicos para atuar numa cidade no entorno de Brasília é suspeito de ter mutilado 15 mulheres quando trabalhava em Rondônia e no Amazonas. A denúncia foi revelada pelo jornal Correio Brasiliense.

Águas Lindas, em Goiás, tem nos postos de saúde, 14 médicos para atender uma população de 159 mil habitantes. O município vai receber do programa Mais Médicos quatro profissionais.

Um deles é Carlos Jorge Cury Mansilla, que trabalhou em Rondônia e no Amazonas. Contra ele, há  pelo menos 15 processos na Justiça por complicações pós-cirúrgicas. O médico é acusado  de fazer cirurgias plásticas sem especialização e de ter mutilado pacientes. Responde por lesão corporal gravíssima.

Em junho deste ano, o Conselho Regional de Medicina do Amazonas publicou a decisão de proibir o  médico de exercer a profissão pelo período de seis meses.

Carlos Mansilla atravessou 3,5 mil quilômetros de Manaus a Águas Lindas de Goiás. E na segunda-feira foi o primeiro médico a se apresentar à secretaria municipal de saúde. Ele estava escalado para trabalhar em um posto. Ia começar a atender na quarta-feira.

Mas assim que soube dos processos contra o médico, o secretário de saúde entrou em contato com o ministério.

“Nós nos manifestamos que não havia interesse do município em mantê-lo aqui na cidade”, declarou Willem Madison, secr. municipal de Saúde.

O Ministério da Saúde informou que o médico será excluído do programa. E responsabilizou o Conselho Federal de Medicina pelo erro. Segundo o governo, o CFM encaminhou no dia 29 de agosto uma lista de médicos ativos, na qual constava o registro de Carlos Mansilla.

“Ele só pode se inscrever no programa porque ele tem um CRM ativo, ou seja, ele tem autorização pra exercer medicina”, afirmou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.

Mansilla tem dois registros profissionais – um de Rondônia e outro do Amazonas. O conselho informou em nota que a interdição do registro do Amazonas poderia ser vista na página do CFM na internet.

Mas o ministério apresentou uma cópia da página do Conselho Federal de Medicina, com a data desta terça, mostrando que o registro em Rondônia estava ativo.


Fonte: O GLOBO