A união das categorias de servidores públicos estaduais de Rondônia em
greve resultou, nesta quarta-feira, em mais uma grande manifestação
pelas ruas de Porto Velho e nas principais cidades do interior.Na Capital se uniram os trabalhadores em educação estaduais,
trabalhadores em educação municipais, servidores da polícia civil e
servidores do Poder Judiciário. Os agentes penitenciários não
participaram da manifestação porque haviam agendado atividade de greve
com a visita de autoridades internacionais.
Os servidores em greve se concentraram na Praça das Três Caixas D’Água,
de onde saíram em passeata. Os manifestantes seguiram pela Avenida
Farquar até a sede do Tribunal de Justiça, onde promoveram um ato de
protesto.
Mais uma vêz os presidentes e diretores do Sintero, Sinsepol e Sinjur
denunciaram publicamente o arrocho salarial das categorias e a falta de
vontade dos poderes Executivo e Judiciário de resolver o impasse.
Em frente ao Tribunal de Justiça o presidente do Sintero, Manoel
Rodrigues, disse que o governo do Estado não vem cumprindo os
compromissos firmados com os servidores.
No caso dos trabalhadores em educação, o governo se comprometeu em
implantar um novo plano de carreira. O plano foi elaborado pelo próprio
governo que agora se recusa a cumprir os principais artigos da Lei.
Manoel denunciou que em vários setores do governo não há crise pois
existem super salários com vários auxílios, regalias e vantagens.
“Só existe crise quando é para atender às reivindicações da classe que
mais sofre e a que possui os piores salários do governo”, disse o
presidente do Sintero.
Durante o protesto foi formada uma comissão de sindicalistas para buscar
informações acerca dos precatórios. A comissão foi recebida pelo Juiz
Auxiliar da Presidência do TJ, Edenir Albuquerque, que explicou como
está a situação. Segundo o magistrado, o pagamento de precatórios ainda
está indefinido por conta de ações de inconstitucionalidade em
julgamento pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
O Juiz confirmou que os recursos para pagamento dos precatórios estão se
acumulando, mas explicou que a indefinição no STF impede o pagamento.
“Estamos aguardando a publicação do acórdão do julgamento do STF e um
posicionamento definitivo do Supremo sobre o pagamento dos precatórios
para que os pagamentos sejam feitos corretamente”, disse o Juiz. Ele
confirmou, no entanto, que os precatórios humanitários estão sendo pagos
aos servidores que já completaram 60 anos e aos que têm doença grave.
No final da manifestação os sindicalistas destacaram as greves
continuam, e que as manifestações serão suspensas no feriado prolongado,
sendo retomadas na segunda-feira, dia 03 de junho.
Fonte: Assessoria