Seis veículos foram incendiados por volta das 2h desta quarta-feira (20) em Porto Velho. A Polícia Militar apura as circunstâncias dos atos de vandalismo.
Nesta madrugada, presos de Santa Catarina, estado que vive uma onda de ataques, foram transferidos para Rondônia. Os presos transferidos são acusados de participar dos atentados no Sul.
A PM, no entanto, diz que ainda é "muito cedo" para relacionar os
incêndios a carros em Porto Velho à transferência dos detentos.
De acordo com o Corpo de Bombeiros, os carros foram destruídos pelo
fogo em três endereços da cidade: dois na Rua Miguel Chaquian, três na
Avenida Raimundo Cantuária e um na Avenida Amazonas, todos no Bairro
Nova Porto Velho.
Segundo o tenente do Corpo de Bombeiros Tadeu Sanches Pinheiro, além
dos carros destruídos, outros quatro veículos foram salvos do incêndio.
“Na Avenida Amazonas impedimos que o fogo chegasse à residência, pois o
carro queimado estava em frente à casa”, explica.
Sanches diz que a série de incêndios aconteceu no intervalo de cinco
minutos um do outro. “Disponibilizamos uma unidade de resgate, dois
caminhões de combate de incêndio e duas caminhonetes para minimizar o
máximo possível os danos causados”, ressalta.
Há 28 anos morando na Rua Miguel Chaquian próximo à Avenida Sete de
Setembro, Sebastião Vicente Vaz não tem garagem própria e os veículos
que ele usa para trabalhar e fazer fretes ficam estacionados em frente
de casa. Quando acordou na manhã desta quarta, Vicente se deparou com
dois de seus veículos queimados. "Eu não ouvi nada porque o meu quarto
fica no fundo da casa, mas quando acordei às 6h eu já encontrei os
carros totalmente queimados", conta.
Ele diz que teve problemas com mendigos, que arrombam os carros para
dormir dentro. Conta que há quatro dias o pneu de um deles foi cortado.
"Mas fora isso, nunca tinha acontecido nada desse jeito", afirma.
Atentados em SC
Santa Catarina vive uma segunda onda de atentados, que teve início na noite de 30 de janeiro, no Vale do Itajaí. Já foram registrados mais de 110 ataques: veículos foram incendiados e foram disparados tiros e jogados coquetéis-molotovs contra prédios públicos. Mais de 35 cidades foram afetadas.
Santa Catarina vive uma segunda onda de atentados, que teve início na noite de 30 de janeiro, no Vale do Itajaí. Já foram registrados mais de 110 ataques: veículos foram incendiados e foram disparados tiros e jogados coquetéis-molotovs contra prédios públicos. Mais de 35 cidades foram afetadas.
O policiamento foi reforçado em todas as regiões. De acordo com a
Secretaria de Segurança Pública, a suspeita é de que as ordens sejam
comandadas por uma facção criminosa e partam de dentro dos presídios. As
autoridades investigam a relação dos ataques com denúncias de
maus-tratos no Presídio de Joinville e com transferências de detentos no
sistema prisional do estado. Em Joinville e Florianópolis, são feitas
escalas especiais de escolta para os ônibus do transporte coletivo.
Fonte: G1