Porta é fechada com luva e pacientes são transportados no assoalho. Ambulância é a única do hospital depois que duas quebraram, diz diretor.
(Foto: Rosiane Vargas/G1) |
No Hospital Regional de Guajará-Mirim(RO)
um paciente precisou ser transportado em uma prancha no assoalho da
única ambulância do hospital. Com a fechadura da porta quebrada,
funcionários improvisam usando uma luva de látex para trancar a porta do
veículo. Vitima de um acidente de trânsito, ocorrido na quarta-feira
(12), o motociclista Glauco da Silva Leite, 38 anos, precisou ser
encaminhado para um hospital particular para fazer uma radiografia da
perna direita, lesionada na colisão com um veículo.
“É uma vergonha o município não ter uma ambulância equipada e ainda
colocar em risco a segurança dos pacientes”, diz Glene Leite Pereira,
irmã de Glauco. Segundo ela, o procedimento apenas foi autorizado porque
o irmão não tinha condições de ser transportado sentado em um veiculo
particular. Glauco machucou a perna direita e ainda está se recuperando
de uma fratura na perna esquerda, consequência de outro acidente.
Apesar de o hospital dispor de exame de raio-X, a radiografia de Glauco
não estava com a imagem nítida e o médico recomendou a repetição do
exame em outro equipamento.
Transporte precário
A ambulância em que o paciente foi transportado é a única disponível pelo Hospital Regional. De acordo com o diretor executivo da unidade, Sidomar Pontes da Costa, apesar do município possuir quatro ambulâncias, duas estão quebradas. A Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Móvel Neonatal e a ambulância utilizada por Glauco são as únicas que funcionam, ainda que de forma precária.
A ambulância em que o paciente foi transportado é a única disponível pelo Hospital Regional. De acordo com o diretor executivo da unidade, Sidomar Pontes da Costa, apesar do município possuir quatro ambulâncias, duas estão quebradas. A Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Móvel Neonatal e a ambulância utilizada por Glauco são as únicas que funcionam, ainda que de forma precária.
No entanto, Costa destaca que uma nova ambulância deve ser enviada ao
hospital até esta sexta-feira (14). Com relação às portas e maca da
ambulância, o conserto deve ser providenciado 'ainda nesta semana',
segundo o diretor do hospital.
Foto: Rosiane Vargas/G1) |
Paciente é o prejudicado
Raimundo Nascimento tem 73 anos e é um dos pacientes que sofre com a situação do transporte de saúde do município e corre risco de perder a consulta de retorno agendada para esta quinta-feira (13), na Policlínica Oswaldo Cruz, em Porto Velho.
Raimundo Nascimento tem 73 anos e é um dos pacientes que sofre com a situação do transporte de saúde do município e corre risco de perder a consulta de retorno agendada para esta quinta-feira (13), na Policlínica Oswaldo Cruz, em Porto Velho.
O idoso se recupera de uma cirurgia no fêmur fraturado após uma queda
na rua. Nascimento não tem família e foi acolhido por Eliane da Silva
Rodrigues, que mora em Porto Velho, e foi a Guajará para tentar uma vaga
na Casa do Ancião do município.
Estou em Guajará há 17 dias tentando resolver essa situação. Meu pai é
deficiente visual e minha mãe não tem condições de cuidar deste senhor
sozinha”, diz Eliane.
O diretor do Hospital Regional afirma desconhecer o caso de Nascimento e afirmou ao G1 que a ambulância do Corpo de Bombeiros, que poderia transportar Raimundo, já teria seguido para a capital na quarta-feira.
Fonte: G1-RO