PUBLICIDADE

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Única ambulância de Guajará, RO, está quebrada e sem equipamento

Porta é fechada com luva e pacientes são transportados no assoalho. Ambulância é a única do hospital depois que duas quebraram, diz diretor.

(Foto: Rosiane Vargas/G1)
No Hospital Regional de Guajará-Mirim(RO) um paciente precisou ser transportado em uma prancha no assoalho da única ambulância do hospital. Com a fechadura da porta quebrada, funcionários improvisam usando uma luva de látex para trancar a porta do veículo. Vitima de um acidente de trânsito, ocorrido na quarta-feira (12), o motociclista Glauco da Silva Leite, 38 anos, precisou ser encaminhado para um hospital particular para fazer uma radiografia da perna direita, lesionada na colisão com um veículo.

“É uma vergonha o município não ter uma ambulância equipada e ainda colocar em risco a segurança dos pacientes”, diz Glene Leite Pereira, irmã de Glauco. Segundo ela, o procedimento apenas foi autorizado porque o irmão não tinha condições de ser transportado sentado em um veiculo particular. Glauco machucou a perna direita e ainda está se recuperando de uma fratura na perna esquerda, consequência de outro acidente.

Apesar de o hospital dispor de exame de raio-X, a radiografia de Glauco não estava com a imagem nítida e o médico recomendou a repetição do exame em outro equipamento.
Transporte precário
A ambulância em que o paciente foi transportado é a única disponível pelo Hospital Regional. De acordo com o diretor executivo da unidade, Sidomar Pontes da Costa, apesar do município possuir quatro ambulâncias, duas estão quebradas. A Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Móvel Neonatal e a ambulância utilizada por Glauco são as únicas que funcionam, ainda que de forma precária.
No entanto, Costa destaca que uma nova ambulância deve ser enviada ao hospital até esta sexta-feira (14). Com relação às portas e maca da ambulância, o conserto deve ser providenciado 'ainda nesta semana', segundo o diretor do hospital.

Foto: Rosiane Vargas/G1)
Paciente é o prejudicado
Raimundo Nascimento tem 73 anos e é um dos pacientes que sofre com a situação do transporte de saúde do município e corre risco de perder a consulta de retorno agendada para esta quinta-feira (13), na Policlínica Oswaldo Cruz, em Porto Velho.
O idoso se recupera de uma cirurgia no fêmur fraturado após uma queda na rua. Nascimento não tem família e foi acolhido por Eliane da Silva Rodrigues, que mora em Porto Velho, e foi a Guajará para tentar uma vaga na Casa do Ancião do município.

Estou em Guajará há 17 dias tentando resolver essa situação. Meu pai é deficiente visual e minha mãe não tem condições de cuidar deste senhor sozinha”, diz Eliane.
O diretor do Hospital Regional afirma desconhecer o caso de Nascimento e afirmou ao G1 que a ambulância do Corpo de Bombeiros, que poderia transportar Raimundo, já teria seguido para a capital na quarta-feira.

Fonte: G1-RO