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quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Deputado alerta para cobiça internacional na Amazônia

O deputado estadual Ribamar Araújo (PT) usou a tribuna da Assembleia Legislativa, na sessão desta quarta-feira (28), para alertar a população sobre a crescente cobiça internacional na Amazônia

Antes, ele comentou acerca de um artigo, de autoria do professor Marcos Coimbra, publicado em um jornal na capital, que fala sobre o “ritmo acelerado de Balcanização”, uma alusão aos países do Balcãs, região do Sudeste Europeu, que sofreram um processo de fracionamento, a exemplo da Iugoslávia.

“A Amazônia brasileira sofre esse processo de desmembramento, com a atuação direta da mídia internacional e de organismos internacionais, que ficam tentando jogar católicos contra protestantes, índios contra fazendeiros, para quebrar essa união social que construiu o nosso país”, disse.

Segundo ele, “a intenção é fracionar o Estado Brasileiro, para a criação de novos países, com a divisão de nosso território. Com isso, se evitaria que o nosso país chegasse a um patamar econômico muito superior ao de países ricos hoje”.

Ribamar alertou que “o Brasil é signatário de tratados, como a Declaração Universal dos Direitos dos Povos Indígenas, que abrem espaços para a criação de nações, conforme interesses estrangeiros. “Corremos o risco de termos o nosso território fracionado. Infelizmente, ex-presidentes como o Fernando Collor, que demarcou áreas imensas de território nacional aos indígenas, cometeram crimes de lesa-pátria”, alertou.

Ribamar aproveitou para criticar a demarcação da Reserva Raposa Serra do Sol. “Isso apenas reforça a nossa preocupação com a grande cobiça internacional na nossa Amazônia. Tornar uma área imensa, produtiva em uma reserva indígena é inaceitável”, arrematou.

Em aparte, o deputado estadual José Lebrão (PTN), declarou que “muitas dessas ONG’s que atuam na Amazônia estão na verdade agindo conforme interesses de empresas e de governos estrangeiros”.

O deputado Neodi Cralos (PSDC), também em aparte, manifestou a sua preocupação com a inércia do Estado brasileiro ante essa ocupação descarada de nosso território. “Não podemos ficar calados, passivos e omissos ante a clara invasão de nosso território, contra os nossos interesses. Não entendo também porque ninguém no Congresso Nacional levanta a voz contra essa prática”, desabafou.

Fonte: ALE/RO