O crime bárbaro foi
praticado na Linha 97. Foram duas investidas da Delegacia de Crimes
Contra a Vida em investigação comandada pelo delegado Alessandro Morey.
Foram mortos uma mulher grávida de cinco meses, uma criança de
aproximadamente cinco anos, e três homens, entre eles o marido da mulher
grávida. As vítimas foram executadas a tiros e os corpos enterrados em
covas rasas. A matança foi descoberta ontem, em decorrência das
investigações de um corpo encontrado na última terça-feira à tarde. Um
dos suspeitos de envolvimento na chacina foi detido.
As vítimas estavam
desaparecidas desde o último dia 12, da localidade de Nova Mutum Paraná,
a cerca de dez quilômetros de Jacy Paraná. Até então a família era
tradada como “desaparecida”. A Delegacia de Homicídios passou a
investigar o caso.
Na tarde da última
terça-feira a polícia encontrou o corpo de um homem, em avançado estado
de decomposição. O cadáver foi encaminhado ao Instituto Médico Legal
(IML), mas não foi identificado até a tarde de ontem. No corpo havia
tatuagens com o artigo 155 (furto); a frase Vida Loka; as letras GL e um
Sol. O homem foi morto com um tiro na cabeça e outro no tórax. Depois
de executado ele teve as pernas quebras e foi enterrado numa cova
vertical.
Como havia o
desaparecimento da família, na tarde de ontem os policiais da Homicídios
“pressionaram” o homem que havia indicado o primeiro corpo. O então
suspeito acabou levando a polícia aos cadáveres da família e do outro
homem. Os corpos estavam numa propriedade rural na Linha 97, ao lado da
fazenda do empresário Mário Português.
Numa das covas estava a
família, Lienir Batista de Andrade de 43 anos, sua esposa Maria Lucia
da Silva Ferreira de 24 anos e a filha Ana Beatriz de cinco anos. Tanto a
mãe grávida de quatro meses, quanto a pequena criança estavam despidas
da cintura para baixo, além de roupas rasgadas com violência, o que
leva a crer que as vitimas tenham sido estupradas antes de serem
assassinadas.
O requinte de crueldade é evidenciado com as vitimas degoladas a faca, mãos amarradas e pernas quebradas.
O suspeito Darli de
Lima Alves que indicou o local disse que não participou da chacina,
porém confessou que teria matado há cerca de 30 dias, um homem conhecido
como Magrão, que teria praticado um furto recentemente. O acusado disse
que levou Magrão para a beira do Rio Jacy, aplicou-lhe uma peixeirada
no abdome e o jogou no rio.
Segundo o delegado
Alessandro, o casal já tinha passagem de tráfico de droga na capital e a
motocicleta do casal não foi localizada, uma Honda Bross cor vermelha. O
suspeito Darli foi trazido para capital para ser ouvido na delegacia de
homicídios.
Fonte: RONDONIAOVIVO